quarta-feira, 4 de março de 2009

O cântico da terra

Eu sou a terra, eu sou a vida. Do meu barro primeiro veio o homem.De mim veio a mulher e veio o amor.Veio a árvore, veio a fonte.Vem o fruto e vem a flor.
Eu sou a fonte original de toda vida.Sou o chão que se prende à tua casa.Sou a telha da coberta de teu lar.A mina constante de teu poço.Sou a espiga generosa de teu gadoe certeza tranqüila ao teu esforço.
Sou a razão de tua vida.De mim vieste pela mão do Criador,e a mim tu voltarás no fim da lida.Só em mim acharás descanso e Paz.
Eu sou a grande Mãe Universal.Tua filha, tua noiva e desposada.A mulher e o ventre que fecundas.Sou a gleba, a gestação, eu sou o amor.
A ti, ó lavrador, tudo quanto é meu.Teu arado, tua foice, teu machado.O berço pequenino de teu filho.O algodão de tua vestee o pão de tua casa.
E um dia bem distantea mim tu voltarás.E no canteiro materno de meu seiotranqüilo dormirás.
Plantemos a roça. Lavremos a gleba.Cuidemos do ninho,do gado e da tulha.Fartura teremose donos de sítiofelizes seremos.
Cora Coralina
contribuição do Márcio nosso querido cenógrafo

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