quinta-feira, 29 de janeiro de 2009



Me calça desse modo fresco de ser a vida em teus pés
abre a coluna vétebra a vértebra e deixa escapar pelas juntas seu suco
à mini ótico
Três vezes ao dia, de pia em pia, migra ao assoalho, aos tacos que comeremos aos Sábados

doce e arrogante destino

É dar terra que quer?

Então busca lá fora, à lembrança estendia na quaragem,
vergonha de mato, que é terra seca
marcha e vede em diante

Mete hade

ex curso e à toa ramagem

Veste ate


Vergonha de calça são pés no ar fresco.


Gustavo Sol
27/01/2009

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

"...por mais que eu já esperasse quando aconteceu fiquei completamente sem rumo..."


"...esse silêncio me deixa com os olhos mais ardidos do que quando eu chorava terra sozinho noites inteiras..."




Chorávamos Terra Ontem à Noite
Texto de Eduardo Ruiz

O espetáculo tem a temática familiar calcada na montagem do texto de Eduardo Ruiz “Chorávamos Terra Ontem à Noite”. O texto é a inteligente e comovente história de dois irmãos – homens rudes – que se reencontram após a morte do pai. Ao tentarem organizar o que seria uma partilha, se deparam profundamente com uma relação há mais de dez anos (inter) rompida. Ao longo de uma noite inteira eles refazem o caminho de volta pra casa, refletem sobre a vida e as razões desses 10 anos de distância. Memórias da infância, memórias do pai – afetos e desafetos.
Eduardo Ruiz tem em seu histórico de autor a delicadeza do olhar sobre temas relacionados à família, solidão, o amor profundo e outros recalques. Neste texto, ele mergulha na terra. Mergulha nas raízes trazendo à tona arquétipos familiares e conflitos masculinos, ao estilo de grandes autores americanos como Sam Shepard – no teatro -, e Michael Cunningham – na literatura.
Esses autores têm em comum a capacidade de transmitir com clareza a solidão e a secura dos personagens por meio de seus conflitos pessoais.
Pela simpliscidade de objetos a encenação valoriza o trabalho dos atores buscando construir a complexidade das relações humanas propostas pelo texto, na experiência da cena como um acesso ao inconsciente do público.

Teatro:
Viga Espaço Cênico – sala inferior fechada
Estréia – primeira semana de Março de 2009 (previsão)


Ficha técnica
Direção – Lavínia Pannunzio
Texto – Eduardo Ruiz
Elenco – Eduardo Ruiz e Gustavo Sol
Cenário, Figurino e Direção de Arte - Márcio Vinícios
Equipe de Cenografia - Ari Gomes e Ulisses Dourado
Musica Original - Bruno Elisabetsky
Produção e Administração - Larissa Medeiros
Assessoria de Imprensa - Flávia Fusco
Arte Gráfica - Márcio Araújo
Fotos de Lenise Pinheiro