,4: Dos Ovos, Só A Casca É Mórbida
De fato? Que mato é esse que me entarda (de perder a hora mesmo!), a falta de qualquer um que seja? E esse ensejo, que de tempo morto esgota e embaralha a lembrança num acaso que não é meu? Num momento em que eu mesmo não sabia que existia... Como é estranho lembrar de coisas que eu mesmo nunca vivi! É um Luis que falha. Engalha. (de ficar engastalhado num talho de árvore seca mesmo!). E ali fica debruçado num diafragma embaralhado nos rins. E o fígado? Numa mesinha de calçada, guardanapo de seda na televisão engordurada. Marca de copo na toalha. E nós, atores sentimos falta de algo que não temos... (?) E esse espertalhão dentista, que arranca o sínico do sorriso deixando aberto o canal. Marginal. Somos todos. Pelas expectativas que os outros têm de nós, e pelas péssimas impressões que passamos aos outros... Quem são esses que sentem coisas estranhas a um público? Perguntam... Às vezes um público tão seleto que nem nós mesmos percebemos que ele está ali, em nossas salas de debate. (Embora, às vezes - e na maioria delas -, não está mesmo!) Debatemos e temos a esquisitice de tratar bem e mal, ao mesmo tempo, as nossas próprias tradições. Somos esses que cultivamos as pequenas manias dos bastidores enquanto gritamos rompimento com o mundo. Somos esses que tratamos bem o bilheteiro e não temos a menor idéia de quem são esses, (os outros), que nos vêem chorar e gozar. (De sair líquidos mesmo!) E nós mesmos não estamos além da solidão. É essa a nossa enorme solidão? (De ficar sozinho mesmo. Mesmo no meio de tanta gente!) Quem são esses, que protegidos por certa impunidade olímpica, deixam de chorar no privado, pra cagar em público?
Gustavo Sol
São Paulo, 12 de abril10am
segunda-feira, 13 de abril de 2009
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